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Oie,

Muito prazer, me chamo Emiliana, mas você também pode me chamar de Emi. Ou de Mili. Ou de Mimi. Na real, você pode me chamar como quiser, porque eu mesma já perdi as contas de quantos apelidos eu tenho hahahaha. Mas antes que pareça o contrário, quero dizer que eu amo meu nome, tá? Ele me foi dado para homenagear uma mulher foda pra carai, trabalhadora, honesta, justa... minha vozinha. Tudo bem que não foi sempre assim. Até minha adolescência eu tinha vergonha dele, por ser um nome diferente e porque eu sempre o remetia a uma pessoa idosa por causa de vovó. Mas depois que eu entendi a força que ele carrega, me chamar pelo meu nome não é mais um problema. Então, muito prazer, me chamo Emiliana Pádua. Sinta-se em casa. 

Sobre mim

Sou filha do cerrado, nascida e criada em Brasília (DF) e resultado da mistura mais popular do quadrado; Minas (meu pai) com Goiás (minha mãe). O que mais me agrada nessa mistura é a culinária. As comidas, mineira e goiana, são sem dúvidas as minhas preferidas da vida. Mas não se engane, o pezinho que tenho em Goiás não me faz apreciadora do fruto mais famoso da região, o pequi, que fique claro. Só o cheiro já me dá náuseas arrrgh. 

Gosto muito de cozinhar, acho que isso também herdei um pouco deles (e de outras pessoinhas mais). Minha primeira infância eu morei com meu pai e com minha avó, a Emiliana. Papai sempre cozinhou e adorava inventar comidas rápidas e fáceis pra mim, e vovó era a rainha dos quitutes. Tínhamos uma loja, O Furão Sorvetes. Lá, além de sorvete, vendia bolos, salgados, doces e vovó estava por detrás de toda a produção. Tá explicado porque na parte de quitutes ela era a melhor, né? E mamis (a parte que me lembro bem) sempre gostou muito de coisas mais naturais. Ela que me fez criar o gosto pela comida mais saudável. Na verdade, ela e minhas irmãs (mesmo que um pouco forçada hahaha), mas isso é história pra outro momento.

Meu lado empreendedora também é de berço. Meus avós paternos saíram da cidade deles (não sei ao certo se nessa época ainda estavam em Uberlândia ou Ribeirão Preto) e foram pra capital empreender. Quando vovô faleceu, meu pai não soube manter o que eles haviam construído e pouco a pouco tudo aquilo foi se perdendo. E mamãe aprendeu a profissão de cabeleireira aos 14 anos. Vovó ofereceu ela como ajudante no salão em troca de conhecimento. E essa foi a profissão que a sustentou e que a fez sair de casa com quatro crianças no braço. Divorciada, abriu seu próprio salão, criou 4 filhas, depois adotou mais uma e em seguida conheceu meu pai. E por causa de um amor, que não foi nada correspondido, ela largou seu império. Então, como empreendedora tive uma escola muito boa, tanto do que fazer pra dar certo, como do que não fazer.

Mas ainda tem muita coisa pra contar da Emiliana mãe, da Emiliana cantora, da forrozeira, da Army; da Emiliana que foi casada, da que se separou;  da Emiliana que realizou seu sonho de abrir seu próprio Ateliê e da que largou tudo pra tentar do zero em um novo país. Espero que essa história, nada famosa e um tanto conturbada, possa ajudar ou inspirar de alguma forma na sua trajetória. Ou que ao menos te encoraje. Porque uma coisa que aprendi na vida foi que, a coragem nunca foi ausência do medo, mas a capacidade que você tem de enfrentá-lo. 

Vamos comigo nessa jornada? :)

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